domingo, 4 de setembro de 2011

Há dias em que o sol brilha tanto, que nos ofusca!

Estava grávida!
Depois da experiência que vivi em Abril, tornei-me mais serena, mais segura, comecei a ler testemunhos de outras mulheres e soube que infelizmente não estava sozinha. Num desses testemunhos li a seguinte oração: "Mas eu bem sei em que creio, e estou bem certa que Ele é poderoso para guardar o meu Tesouro até o dia apropriado de mo entregar". Sou crente e iniciei um Programa Espiritual que me deu muita força e apaziguou a minha dor.
No dia 26 de Maio, mestruei. Fiz o tratamento direitinho, fomos aos treinos nos dias indicados. No início da última semana de Junho fiz um teste de gravidez que comprei na farmácia, deu negativo! Andava com os peitos tensos e com uma moinha na barriga: associei os efeitos ao tratamento e pensei que era o período que devia estar para vir. Mentalizei-me que não tinha sido à primeira, mas haveria de ser...
No dia 30 de Junho fui à consulta de esterilidade, a médica fez eco, não havia sinais de gravidez, apesar de os meus níveis de progesterona estarem bons, para despiste mandou fazer a beta hcg. No dia seguinte soube do inesperado: a análise tinha dado positiva: 161. Estava grávida! Chorei e ri ao mesmo tempo, estava a trabalhar mas não consegui conter tamanha felicidade! Recordo-me de uma das primeiras coisas que pensei foi "ó meu Jesus... ouviste tão depressa as minhas preces! Obrigada!".
Depois comecei como iria dar a notícia ao papá? Nesta altura o C. estava internado, não lhe queria dar esta notícia apenas dizendo, fui à FNAC e comprei o livro "A sua gravidez dia a dia". Pedi que fizessem um embrulho e lá fui eu radiante ter com o C. ao hospital. Disse-lhe que tinha uma prenda para lhe dar e ofereci-lhe o embrulho, pensava que ele ia logo saber, mas não (eu adoro ler, já devo ter lido quase tudo sobre a gravidez) pensou que era mais um livro que eu comprei e perguntou "para que é que eu quero este livro?" . Eu perguntei:"já leste o título, por que é que achas que o comprei?". Aí ele percebeu. O queixo começou a tremer-lhe e, naquela cama de hospital, abraçamo-nos a chorar que nem duas crianças! Ele perguntou se era mesmo verdade, eu disse que sim. Nunca mais me esquecerei do que disse "Algum dia Deus  havia de lembrar-se de nós!". Naquele momento a nossa felicidade não cabia naquele quarto, nem em lugar nenhum...era infinita...indescritível. Por momento algum nos passou pela cabeça que alguma coisa podia não correr bem. A verdade é que a nossa "ilusão" só durou uma semana e o nosso sonho nove semanas e um dia...

Nenhum comentário: